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Pyongyang discute cooperação econômica com delegações

Comitivas sul-coreanas e autoridades da Coreia do Norte trataram de metas das cúpulas de 2000 e de 2007

LUIS KAWAGUTI
DE SÃO PAULO

O governo da Coreia do Norte e as duas delegações privadas sul-coreanas enviadas a Pyongyang anteontem para prestar condolências pela morte do ditador Kim Jong-il discutiram a expansão da cooperação econômica entre os dois países.

Segundo a Agência de Notícias Central da Coreia do Norte, as partes prometeram se esforçar para implementar as metas para a área econômica discutidas nas cúpulas que reuniram os governos do norte e do sul em 2000 e 2007.

Nesses dois encontros -os únicos do gênero na década- Pyongyang e Seul se comprometeram a estimular a confiança mútua por meio da cooperação econômica.

Um participante de uma das comitivas confirmou mais tarde que as metas das cúpulas foram discutidas e que elas devem trazer grandes benefícios financeiros para os norte-coreanos.

As comitivas foram autorizadas por Seul e tiveram a liderança de ex-primeira-dama Lee Hee-ho, viúva do ex-presidente e vencedor do Prêmio Nobel da Paz Kim Dae-jung (1925-2009), que buscou a reunificação da península, e Hyun Jung-eun, a presidente do grupo Hyundai.

Os grupos tiveram encontros com Kim Jong-un, o sucessor de Jong-il, e com o presidente do Parlamento, Kim Yong Nam. "Ele [Jong-un] é exatamente como aparece na mídia", disse à rede de TV CNN Hyun Jeong-Eun, que integrou uma das comitivas.

RITUAIS

A cerimônia fúnebre de Jong-il começa na manhã de hoje. Segundo a embaixada norte-coreana no Brasil, o corpo embalsamado do "Grande Pai" será retirado do Palácio Memorial e exibido em um desfile em carro aberto pelas principais avenidas de Pyongyang.

Após o desfile, o corpo retornará ao palácio, onde amanhã ao meio-dia (1h de Brasília) ocorrerá o "Ato Central de Condolências". Segundo a embaixada, o país fará três minutos de silêncio e um buzinaço para homenagear o líder morto.

O ritual de amanhã incluirá um ritual marcial com salvas de tiros de artilharia.

Analistas acreditam que seja realizada uma parada militar, com a apresentação de aviões de guerra, com o objetivo de deixar claro à comunidade internacional que os militares apoiam o processo de passagem de poder.

Foi Jong-il quem implementou no país a política do songun (militares primeiro), que deve ser continuada por Jong-un.

A representação norte-coreana afirmou ainda que Jong-il não será sepultado. Seu corpo embalsamado será mantido no Palácio Memorial para visitações.

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