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Genro de rei Juan Carlos é intimado a depor

Justiça da Espanha investiga se há ligação de duque de Mallorca com caso de corrupção

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O genro do rei espanhol Juan Carlos, Iñaki Urdangarin, duque de Palma de Mallorca, foi intimado ontem a depor no dia 6 de fevereiro.

Ele é suspeito em um inquérito sobre suposto mau uso do dinheiro público.

Segundo as investigações, cerca de € 6 milhões (R$ 14,5 mi) foram doados pelos governos regionais de Valência e das Ilhas Baleares ao Instituto Nóos, em Mallorca, dirigido por Unrdangarin entre 2004 e 2006. O dinheiro seria usado para organizar eventos, mas parte desse valor teria beneficiado empresas do próprio duque.

O advogado de Urdangarin afirmou que a intimação foi enviada ao duque por fax à sua casa, em Washington (EUA), onde vive desde 2009.

Mas, segundo ele, até a noite de ontem, Urdangarin ainda não havia tido acesso ao documento por causa de uma falha na linha telefônica.

Se não comparecer ao depoimento sem justificativa aceitável, Urdangarin pode ter a prisão decretada. O sócio do genro do rei Juan Carlos e outros funcionários do Instituto Nóos também foram intimados a depor.

No último dia 14, o duque aceitou o afastamento de todas as funções oficiais da casa real e se desculpou pelos transtornos causados à família real. Ele ainda afirmou não ter cometido ato ilegal.

A acusação forçou a família real espanhola a detalhar seu orçamento anual -de € 8,4 milhões (R$ 20,3 milhões)-e especialistas financeiros estudam possíveis medidas de corte no orçamento anual da família.

Os principais líderes do Partido Popular (PP) espanhol e do Partido Socialista (PSOE) falaram sobre o caso.

O vice-secretário de comunicação do PP, Gonzáles Pons, afirmou que a intimação servirá para esclarecer "os feitos e as responsabilidades" de Urdangarin.

Partidos menores também se pronunciaram. Rosa Díez, do partido União Progresso e Democracia, declarou que a casa real deve colaborar com as investigações.

O coordenador-geral da Esquerda Unida, Cayo Lara, sugeriu que a decisão está intimando "algo mais que uma pessoa".

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