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Curdos tomam campos de petróleo no Iraque

Tensão política do grupo com xiitas provoca rompimento com premiê, Nuri al-Maliki

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Forças curdas assumiram o controle de dois poços de petróleo perto de Kirkuk, nesta sexta (11), e expulsaram trabalhadores árabes, substituindo-os por pessoal curdo, segundo o Ministério do Petróleo.

Os curdos controlam uma região autônoma no norte do Iraque e têm forte sentimento separatista.

Os campos afetados foram os de Bai Hassan e Makhmur, no norte do país, cuja produção somada chega a 400 mil barris por dia. A ação ocorreu durante a madrugada.

O Ministério Nacional do Petróleo condenou a tomada dos poços e pediu que os curdos se retirem imediatamente para evitar "consequências calamitosas".

Mas o governo curdo diz que não devolverá os campos tomados e anunciou a realização de um referendo sobre a independência da região.

As forças curdas já haviam tomado, em junho, o controle de Kirkuk, cidade do norte do país, vizinha à região autônoma do Curdistão.

O norte e o oeste iraquianos vivem um período de instabilidade desde a invasão, via Síria, do grupo rebelde sunita Estado Islâmico, que autoproclamou a independência da região.

A violência também elevou a tensão política entre o primeiro-ministro, Nuri al-Maliki, e líderes curdos, que se retiraram do governo de Maliki, liderado pelos xiitas.

A relação entre os dois grupos já se encontrava seriamente debilitada desde que Maliki acusou os curdos de fornecer abrigo aos rebeldes.

Entre os políticos que suspenderam suas atividades estão Jalal Talabani, presidente do país, e Hoshiyar Zebari, ministro das Relações Exteriores. Em resposta, Maliki nomeou seu aliado, o também xiita Hussain al-Shahristani, para a chancelaria.

A retirada do governo é em larga medida simbólica, já que uma medida parecida do bloco sunita, anteriormente, não paralisou as atividades políticas em Bagdá. Os deputados curdos continuarão a frequentar as sessões do Congresso.


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