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Massacre de civis turcos desperta protestos ONGs pedem investigação do episódio pela ONU; governo admitiu ataque a alvo errado DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIASUm dia após o ataque da força aérea turca que matou 35 civis por engano na fronteira com o Iraque, grupos de direitos humanos do país pediram uma investigação patrocinada pela ONU para apurar a ação militar. Ao mesmo tempo, militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado um grupo terrorista pela Turquia, União Europeia e Estados Unidos, convocaram a população curda, minoria na Turquia, a iniciar uma revolta. Na madrugada de quinta-feira, aeronaves teleguiadas bombardearam um grupo de contrabandistas em Uledere. Horas depois da ação, o Exército turco admitiu ter confundido as pessoas com separatistas curdos e o governo abriu uma investigação para apurar o incidente. Em seu primeiro pronunciamento sobre o caso, o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan criticou a imprensa por apontar o governo como responsável pela matança. "Os aviões bombardearam uma área usada com frequência pelo PKK, de acordo com informações do serviço de inteligência", afirmou O enterro das vítimas ocorreu, ontem, em Guzelyazi, próximo de onde aconteceu o ataque. INVESTIGAÇÕES Os grupos de direitos humanos IHD e Mazlumder, que pediram investigação detalhada do caso com a participação de órgãos internacionais como a ONU, divulgaram relatório a respeito da ação. Segundo afirmam, as vítimas tinham entre 12 e 18 anos e, de acordo com o relato de um sobrevivente, ninguém estava armado. A mídia turca apontou que 28 vítimas eram da mesma família. Bahoz Erdal, um dos dirigentes do braço armado do PKK, pediu para a população "demonstrar seu repúdio por esse massacre". Centenas protestaram em Diyarbakir, a capital da região sudeste do país, onde vive a minoria curda. Outras manifestações foram registradas em Mus, Cizre, Hakkari e Yuksekova, também no sudeste. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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