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Coreia do Norte mantém discurso bélico

Na primeira declaração oficial após anúncio do novo líder, regime diz que não mudará postura em relação a Seul

País chama políticos estrangeiros de 'tolos' e afirma que não vai estabelecer vínculos com a Coreia do Sul

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

No primeiro anúncio oficial após proclamar seu novo dirigente, Kim Jong-un, a Coreia do Norte manteve atitude dura e afirmou que não haverá diálogo com o atual governo da Coreia do Sul.

"Os políticos tolos ao redor do mundo, entre eles os fantoches na Coreia do Sul, não devem esperar quaisquer mudança de nossa parte", afirmou a Comissão de Defesa Nacional do país, por meio de nota divulgada pela agência de notícias estatal KCNA.

O comunicado destacou que o governo norte-coreano "descarta possibilidade de estabelecer vínculos com o traidor Lee Myung-bak [presidente sul-coreano]".

Desde a morte do ditador Kim Jong-il, no último dia 17, o mundo espera as reações da Coreia do Norte para saber se seu sucessor manterá a política militar que deixou o país isolado e perto de desenvolver um arsenal nuclear.

É comum a Coreia do Norte dirigir frases belicosas contra a Coreia do Sul. As declarações são ainda mais agressivas quando feitas diretamente ao governo conservador sul-coreano de Lee Myung-bak, que assumiu o poder em 2008 e encerrou uma política de aproximação com Pyongyang.

Na última semana, Lee declarou que a Coreia do Sul não queria demonstrar hostilidade à Coreia do Norte. No entanto, ontem, Pyongyang criticou Seul por não dar pêsames oficiais pela morte de seu dirigente, não enviar uma delegação ao funeral de Jong-il e restringir o número de comitivas de civis na fronteira.

Também ontem, Jong-un foi nomeado "comandante supremo do Exército Popular da Corea", segundo comunicado divulgado pola embaixada do país no Brasil.

A ação é uma tentativa do regime de mostrar que as Forças Armadas apoiam o processo sucessório -questão que não estava clara logo após a morte de Jong-il.

O regime também começou a emitir novos selos com a foto de Jong-un.

Os ministros da defesa da Coreia do Sul e dos EUA conversaram ontem sobre a transição na Coreia do Norte e concordaram em manter um elevado nível de vigilância sobre o país comunista.

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