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Opositores acusam Venezuela de agressão

Agentes de inteligência militar do governo teriam batido em líder antigoverno Leopoldo López, dentro de prisão

Acusado de tramar um golpe contra presidente Maduro, López está sendo julgado; governo não comenta acusação

DE SÃO PAULO

O partido opositor venezuelano Vontade Popular acusou nesta sexta-feira (25) agentes de inteligência militar do presidente Nicolás Maduro de agredir o líder da agremiação, Leopoldo López, e outros dirigentes presos.

Segundo Freddy Guevara, dirigente do partido, a agressão a López e aos ex-prefeitos Enzo Scarano e Daniel Ceballos aconteceu durante revista na cadeia de Ramo Verde durante a madrugada.

"Scarano foi o mais prejudicado. Estava com hematomas nos braços, deixaram-no algemado e roubaram uma televisão, dinheiro e livros", disse Guevara, que também denunciou o roubo de livros de López e Ceballos.

O caso foi denunciado nesta sexta pelos opositores à Procuradoria-Geral da República, a quem pediram também que seja cumprida a decisão que proíbe o isolamento dos três dirigentes.

O regime prisional deles havia sido relaxado na segunda (21) pela direção da prisão, após visita da Defensoria de Direitos Humanos. Dois dias depois, uma foto de López, Scarano e Ceballos na prisão foi divulgada na internet.

Guevara diz, porém, que este foi o único momento em que puderam se reunir. "A ideia é que eles ficassem um tempo fora, tirassem uma foto e as mostrassem para dizer que não estavam isolados".

A mulher de Daniel Ceballos, Patricia Gutiérrez, acusa a direção da prisão de desaparecer com o documento que autorizava o relaxamento do regime prisional. Os parentes não conseguiram entrar na cadeia nesta sexta.

Os opositores responsabilizaram ainda Maduro, a ministra da Defesa, Carmen Meléndez, e a procuradora-geral da República, Luisa Ortega Díaz, por tudo o que possa acontecer com os presos.

Até a 0h deste sábado, o governo venezuelano não havia comentado as acusações.

PROTESTOS

Leopoldo López, Daniel Ceballos e Enzo Scarano foram acusados de envolvimento em atos violentos durante os protestos contra Maduro.

López foi o primeiro a ser preso, em fevereiro. Na quarta (23), começou seu julgamento pelos crimes de associação para o crime, dano ao patrimônio, incêndio e incitação à violência.

Os delitos serão os mesmos imputados a Scarano e Ceballos. O primeiro era prefeito de San Cristóbal, cidade onde os atos contra o governo se iniciaram, em fevereiro.

Os confrontos durante as manifestações deixaram 43 mortos e mais de 700 feridos.


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