Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

CIA admite ter espionado Senado dos EUA

Computadores da Casa foram vigiados pela agência em investigação de denúncias de abusos na guerra ao terror

Conclusão ainda não foi divulgada, mas diria que interrogatórios violentos pouco fizeram para deter terroristas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A CIA (agência de inteligência dos Estados Unidos) admitiu nesta quinta-feira (31) ter monitorado de forma imprópria computadores utilizados por integrantes do Comitê de Inteligência do Senado americano.

Na época em que teriam acontecido os abusos, o comitê investigava denúncias de excessos, por parte dos agentes da CIA, em interrogatórios de suspeitos de terrorismo, além do estabelecimento de uma rede mundial de prisões secretas, depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.

Para ativistas dos direitos humanos e críticos da CIA, entre eles políticos americanos, os procedimentos de interrogatório da agência --como uma técnica que simula afogamento-- podiam ser descritos como tortura.

O porta-voz da CIA, Dean Boyd, afirmou num comunicado divulgado nesta quinta-feira (31) que John Brennan, o diretor da agência, relatou o problema e pediu desculpa à senadora Dianne Feinstein, presidente do comitê no Senado, e ao senador republicano Saxby Chambliss.

Caberá, agora, a Feinstein decidir se uma desculpa é o bastante ou se alguma outra ação é necessária, informou Steven Aftergood, especialista em segurança nacional da Federação de Cientistas Americanos.

O monitoramento dos computadores dos integrantes da comissão teria ocorrido, sem autorização, a partir de 2009, quando eles começaram a revisar mais de 6 milhões de documentos feitos pela agência entre 2002 e 2006.

O senador Mark Udall, democrata também integrante do Comitê de Inteligência do Senado, disse que o relatório do inspetor-geral minou seu apoio a Brennan.

"Tendo em conta desde a invasão inédita de computadores de congressistas e os vazamentos contínuos que minaram a investigação até sua repugnante incapacidade de reconhecer qualquer irregularidade da agência, perdi minha confiança em John Brennan", disse Udall.

RELATÓRIO

Segundo autoridades familiarizadas com o relatório do comitê, ele conclui que esses interrogatórios violentos não produziram revelações significativas para os esforços de combate ao terrorismo.

De acordo com as autoridades, o documento informa que os agentes da CIA relataram equivocadamente ou até exageraram os resultados dos interrogatórios em seus relatórios a outras agências do governo americano e ao Congresso, para tentar provar sua eficácia.

Um resumo do relatório do comitê deverá ser entregue pela Casa Branca ao Congresso ainda nesta semana, ao lado das respostas dadas pela CIA e pela oposição.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página