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Israel e palestinos acertam trégua permanente em Gaza

Mediado pelo Egito, cessar-fogo dá fim a conflito mais violento desde 2007

Estado judaico permite ajuda humanitária; Hamas diz ter vencido confronto que deixou mais de 2.000 mortos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Após 50 dias de combates, o governo de Israel e os principais grupos da faixa de Gaza acertaram nesta terça-feira (26) um cessar-fogo por tempo indeterminado.

Mediada pelo Egito, a trégua duradoura é vista como o fim do conflito mais violento desde que o Hamas tomou o poder em Gaza, em 2007.

A medida, que entrou em vigor às 19h locais (13h em Brasília), foi determinada em reunião entre negociadores do governo israelense, do Hamas e da Jihad Islâmica.

Pelo acordo, Israel permitirá a entrada de ajuda humanitária e material de construção em Gaza, além de estender para seis milhas náuticas a área de pesca palestina no mar Mediterrâneo.

Também será reaberto o posto de fronteira de Rafah, que liga o território palestino ao Egito. As medidas são as mesmas concessões aceitas por Israel para encerrar o último conflito, em 2012.

Em setembro, as duas partes devem debater questões mais difíceis. Os israelenses insistem no desarmamento dos militantes palestinos e na liberação dos corpos de soldados mortos na ofensiva.

Por outro lado, os palestinos querem a soltura de presos e a construção de um porto e um aeroporto em Gaza.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, disse ser preciso discutir medidas para dar fim à sequência de conflitos.

"Gaza passou por três guerras e estamos esperando outra? Não podemos continuar com negociações nebulosas".

O porta-voz do governo israelense, Mark Negev, disse que o Estado judaico está disposto a diminuir o bloqueio a Gaza se a calma perdurar.

"Nós não temos problemas em apoiar os civis. O que nós não queremos é que o Hamas retome seu poder militar".

Um dos porta-vozes do Hamas, Sami Abu Zuhri chamou a trégua de "vitória da resistência". "Agradecemos ao povo de Gaza que sacrificou suas casas, crianças e dinheiro. [O premiê israelense, Binyamin] Netanyahu falhou em forçar Gaza a se render".

Nas ruas de Gaza, moradores e dirigentes do grupo radical e da Jihad Islâmica comemoraram. Alguns deles dispararam tiros para o alto.

Horas antes, porém, um israelense e duas crianças palestinas morreram em bombardeios no sul de Israel e a dois prédios em Gaza.

Segundo a ONU, 2.101 pessoas morreram do lado palestino, sendo 1.460 civis. Do lado israelense, foram 69 mortos, dos quais 64 militares.


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