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Putin fala em Estado no sudeste da Ucrânia

Presidente russo afirma que é preciso rediscutir situação das regiões ucranianas em que se concentram rebeldes

Porta-voz depois tentou amenizar declaração, ao dizer que não era uma defesa da criação de novo país na área

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu neste domingo (31) a discussão da situação política das regiões com movimentos separatistas no leste e sul da Ucrânia, inclusive a formação de um Estado.

Foi a primeira vez que Putin mencionou a possibilidade de independência nestas áreas, que estão na órbita russa e onde há confrontos com o governo ucraniano.

Em entrevista a um canal russo de TV, ele declarou que o governo ucraniano "precisa dar início imediato a discussões substantivas, não apenas técnicas, sobre a organização política da sociedade e a condição de Estado no sudeste do país, de maneira a proteger os interesses da população local".

Hoje, a Ucrânia é um Estado unitário, em que o governo central tem poder de nomear e destituir os administradores regionais.

Para a Rússia e para os separatistas rebeldes, é preciso conferir maior autonomia administrativa às regiões --uma proposta com a qual o governo do presidente Petro Poroshenko não concorda.

Mais tarde, um porta-voz do presidente russo tentou amenizar a declaração, ao dizer que a fala de Putin não deveria ser entendida como defesa de criação de um novo país e que a crise ucraniana é um problema interno.

Os comentários de Putin vieram um dia depois de os líderes da União Europeia anunciarem um ultimato: se em uma semana Moscou não reverter a escalada militar e o envio ilegal de tropas para o território ucraniano, novas e mais firmes sanções econômicas serão implementadas contra o país.

No sábado, o presidente ucraniano alertou que o conflito em sua nação está muito próximo de um "ponto sem volta", que seria a deflagração de uma "guerra total" com a vizinha Rússia.

Também sobre esse assunto Putin se manifestou na TV: "A Rússia não pode ficar de lado quando pessoas estão sendo alvejadas quase à queima-roupa".

Ainda segundo ele, as ações dos rebeldes são "a reação natural de cidadãos que estão defendendo seus direitos", e o Ocidente deveria ter previsto como seu país se comportaria nesta situação.

CONFLITO

De acordo com a ONU, o conflito entre o Exército ucraniano e os separatistas pró-Rússia deixou cerca de 2.600 mortos desde o mês de abril, quando começou o levante nas regiões de Donetsk e Lugansk, principal área dos aliados do presidente deposto Viktor Yanukovich.

Desde então, a Ucrânia acusa a Rússia de interferir no conflito com o envio de tropas e recursos.

Na semana passada, a Otan, aliança militar ocidental, afirmou que dezenas de tanques e cerca de mil soldados russos estão ajudando os separatistas a tomar Novoazovsk, na região de Donetsk. A Rússia nega qualquer interferência no conflito.


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