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Europeus tomam medidas contra milícia

Britânicos confiscarão passaportes de suspeitos de elo com Estado Islâmico; Alemanha dará armas contra facção

Ações se seguem aos bombardeios feitos pelos EUA contra os fundamentalistas, que atuam em Iraque e Síria

LEANDRO COLON DE LONDRES

Reino Unido e Alemanha reforçaram nesta segunda (1º) a reação de países ocidentais à facção radical Estado Islâmico (EI), vista como cada vez mais ameaçadora.

O primeiro-ministro, David Cameron, informou, em pronunciamento no Parlamento, que a ideia é dar à polícia poderes específicos para barrar a entrada e a saída e confiscar passaportes de suspeitos, mesmo que tenham cidadania britânica.

"Passaporte não é um direito automático", afirmou Cameron.

O passaporte britânico é estratégico para que os membros do EI circulem no Reino Unido e União Europeia.

Na Alemanha, o governo decidiu enviar armas a grupos da etnia curda no norte do Iraque para ajudá-los a combater a milícia. Antes, a Holanda já havia facilitado a retenção de passaportes de cidadãos suspeitos de lutar com os jihadistas.

No Reino Unido, o principal foco das medidas são os cidadãos que foram para Síria e Iraque atuar pelo EI e que podem tentar voltar para casa e promover ataques.

Cameron disse que será reforçada a investigação sobre os suspeitos que vivem no território britânico. Além disso, as empresas aéreas terão que fornecer com antecedência e rapidez a lista de passageiros em voos sob suspeita.

"Aderir aos valores britânicos não é uma opção. É um dever de todos que vivem aqui", disse Cameron.

Os aliados do Partido Liberal-Democrata e a oposição trabalhista demonstraram apoio às medidas, mas criticaram a falta de detalhes.

Fiel aliado dos EUA, o Reino Unido tem sido pressionado a reagir ao movimento de britânicos para se juntar à jihad (guerra sagrada). Estima-se que pelo menos 500 já deixaram o país para integrar a facção na Síria e no Iraque.

A pressão cresceu após a divulgação do vídeo em que um extremista com sotaque britânico decapita o jornalista americano James Foley.

MERKEL

Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel defendeu a decisão do seu governo, anunciada no domingo, de enviar armas aos curdos no Iraque --a primeira remessa seria de 30 mísseis antitanque e milhares de fuzis.

"Quando terroristas tomam o controle de um vasto território para usá-lo como base de seus atos de terror, o perigo cresce para nós", disse Merkel, que ressaltou que a área sob controle da facção equivale a metade do território da Alemanha.

Nesta segunda, a Organização das Nações Unidas aprovou uma investigação sobre os crimes contra civis cometidos pelo EI.

Segundo o órgão, desde junho 5.557 pessoas morreram vítimas do conflito armado no Iraque.


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