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Força-tarefa da Otan tentará conter russos na Ucrânia

Medida é reação a 'comportamento agressivo' de Moscou no país vizinho

Segundo Kiev, tropas do governo deixaram aeroporto de Lugansk após suposto ataque de artilharia russa

LEANDRO COLON DE LONDRES

A Otan (aliança militar ocidental) anunciou nesta segunda-feira (1º) a criação de força-tarefa para possível reação ao movimento russo no leste da Ucrânia, foco de conflito desde o começo do ano.

Os líderes dos 28 membros da aliança devem aprovar um plano na cúpula a ser realizada no País de Gales entre quinta (4) e sexta-feira (5).

O reforço militar seria posicionado em países do leste europeu para ser capaz de se "mobilizar" rapidamente. A estimativa é que pelo menos 4.000 soldados sejam deslocados nos próximos dias.

Segundo o secretário-geral da Otan, Anders Rasmussen, a medida é resposta ao "comportamento agressivo" da Rússia, a quem acusa de estimular o movimento separatista no leste da Ucrânia.

O encontro em Gales deve receber o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, em gesto para reforçar a aliança com a UE (União Europeia), em contraponto ao presidente russo, Vladimir Putin.

O governo ucraniano tem acusado a Rússia de ter invadido seu território no leste nos últimos dias, dando apoio aos rebeldes que controlam cidades estratégicas. Ao menos 2.600 pessoas já teriam morrido nos embates.

Nesta segunda (1º), tropas ucranianas tiveram de deixar o aeroporto de Lugansk, cidade controlada pelos separatistas, após ataque de artilharia russa, segundo Kiev.

O ministro da Defesa, Valery Geletey, afirmou que as tropas russas seguiam para outras cidades da região, incluindo a maior delas, Donetsk. "Estamos em guerra com a Rússia", disse.

Moscou nega que esteja enviando forças para ajudar os separatistas. O presidente Vladimir Putin pediu à UE "bom senso" para evitar uma nova onda de sanções de cada lado. "Espero que nem nós nem nossos parceiros tenham que suportar os custos desses ataques mútuos", disse.

A declaração é reação à decisão dos líderes da UE de elaborar novas punições econômicas contra Moscou, além das já impostas até agora.

Putin ainda afirmou que as potências ocidentais não cobram da Ucrânia o uso de força contra civis. "O Exército ucraniano ataca diretamente bairros habitados", disse. "O objetivo das forças rebeldes é provocar o recuo [do Exército] para que não atire contra áreas residenciais", disse.


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