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Minha história - Hannah Cook, 31

Pelo não

DO ENVIADO A EDIMBURGO

resumo

Doutoranda na Universidade de Edimburgo, Hannah Cook, 31, nascida na cidade, é contra a independência. Diz que isso comprometeria o futuro do país, sobretudo na sua área, de pesquisa acadêmica, para a qual afirma ter tido apoio de Londres.

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Eu nasci em Edimburgo, capital da Escócia, e estou nas ruas fazendo campanha pelo voto contra a separação do Reino Unido no plebiscito desta quinta (18).

Sou escocesa, mas me sinto britânica também. Não tenho que escolher um ou outro. São coisas distintas.

Minha família é daqui e acho que a independência só vai comprometer o futuro escocês, especialmente em termos econômicos, afetando a oferta de bons empregos.

Eu realmente acredito na campanha contra a separação, "Better Together" (melhores juntos, em inglês), e estou otimista com o resultado, mesmo com o crescimento do outro lado nas pesquisas. Além disso, a adesão será alta nas urnas.

Posso falar por experiência própria sobre esse plebiscito. Voltei a morar na Escócia há um ano para fazer doutorado em desenvolvimento internacional na Universidade de Edimburgo. Antes, passei um tempo em Londres.

Obtive benefícios estudantis do governo britânico, que dá incentivos para quem quer fazer pesquisa na Escócia.

Vivo por conta própria com bolsa do governo.

Antes, havia feito graduação em Geografia pela Universidade de Aberdeen (Escócia) e mestrado em Birmingham (Inglaterra).

Nessa área acadêmica, é muito melhor para nós, por exemplo, continuarmos como parte do Reino Unido, principalmente por causa dos investimentos e benefícios oferecidos.

Eu falo isso porque vivi em Londres antes de retornar, posso comparar e afirmar que a campanha pelo "sim", a favor da independência, tem sido muito agressiva quando avalia a relação da Escócia com o governo britânico.

Voto pelo "não" também porque sou filiada ao Partido Trabalhista.

Dizem que estamos nessa campanha só porque precisamos dos votos aqui da Escócia para retomar o poder britânico das mãos dos conservadores nas eleições gerais de 2015, já que o partido sempre foi maioria aqui.

Sim, isso é fundamental para o equilíbrio de forças em Londres. Mas posso dizer que não é só isso.

A manutenção da Escócia faz parte de um objetivo dos trabalhistas para todos os cidadãos, independentemente da preferência política, atingirem juntos os objetivos sociais no Reino Unido.

Os escoceses trabalhistas sempre tiveram muita influência entre os trabalhistas britânicos.

O ex-primeiro-ministro Gordon Brown [que foi líder do Partido Trabalhista e governou o Reino Unido de 2007 a 2010] nasceu na Escócia, por exemplo, e muitos outros ministros saíram daqui. Não é hora de separar, mas de juntar forças.


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