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Venezuela detém brasileiras acusadas de contrabando

Mulheres estão detidas há quase um mês em presídio a 700 km da fronteira

As duas estavam com produtos cuja venda para fins de exportação havia sido proibida três dias antes da detenção

SAMY ADGHIRNI DE CARACAS

Duas brasileiras estão detidas há quase um mês na Venezuela acusadas de contrabando na fronteira, delito sobre o qual o presidente Nicolás Maduro vem apertando o cerco em razão da escassez de vários produtos no país. A informação foi divulgada pelo site "Amazônia Real" e confirmada pela Folha por fontes consulares.

Luciana Pereira, 24, e Lousineidi Sousa Silva, 28, foram interceptadas em 25 de agosto por militares perto de Santa Elena de Uairén e levadas a um presídio em Puerto Ordaz, a 700 km da fronteira.

Segundo seu advogado, Nelson Páez, elas carregavam cloro, detergente, xampu e desodorante, artigos cuja venda para fins de exportação está proibida, conforme decreto implementado três dias antes da prisão.

O decreto é uma tentativa de estancar a escassez no comércio venezuelano, causada em parte por contrabandistas que compram os produtos na Venezuela, onde os preços são atrativos por serem tabelados, para revendê-los em países vizinhos.

A pena para quem descumprir a lei prevê encarceramento de até 14 anos. Páez nega que as duas estivessem fazendo contrabando. "Estas senhoras foram presas em território venezuelano, e não tentando cruzar a fronteira", disse à Folha.

Páez afirma que a prisão ocorreu porque as moças não pagaram uma propina que teria sido exigida por militares. Elas poderão ficar até 90 dias presas à espera de julgamento que deverá decidir se serão expulsas ou não do país.


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