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Casa Branca pede calma diante do ebola

Governo dos EUA afirma ter controle da situação, após primeiro caso de paciente diagnosticado com vírus no país

Hospital em Washington interna homem suspeito de ter contraído vírus; ele voltou há pouco tempo da Nigéria

GIULIANA VALLONE DE NOVA YORK

O governo norte-americano tentou acalmar os ânimos da população após a divulgação de falhas no primeiro diagnóstico de ebola nos EUA e de uma nova suspeita de contaminação no país.

"Todas as epidemias de ebola nos últimos 40 anos foram contidas. Sabemos fazer isso e faremos novamente", disse a assessora de Segurança Nacional da Casa Branca, Lisa Monaco.

Nesta sexta-feira (3), o hospital da Universidade de Howard, em Washington, internou um paciente que apresentava sintomas da doença. Ele voltou recentemente de uma viagem à Nigéria e seu quadro é estável.

O caso de Washington não é único. O CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças) já avaliou cerca de cem casos em que havia a preocupação da contaminação pelo vírus, em 33 Estados.

Destes, 15 precisaram fazer um exame de sangue e apenas um, Thomas E. Duncan, o liberiano de 42 anos diagnosticado no Texas, teve a doença confirmada, disse a médica Beth Bell, do CDC.

Em meio à insistência do governo em dizer que os hospitais estão preparados para receber pacientes infectados pelo ebola, a agência Reuters publicou reportagem com enfermeiros que dizem não terem sido treinados nem preparados para a tarefa.

"O caso do Texas é o exemplo perfeito. Não só não estavam preparados como ainda houve falhas de diagnóstico e de comunicação", afirmou Micker Samios, do departamento de emergência do Medstar, o maior hospital de Washington.

Nesta sexta, o CDC concluiu a descontaminação do apartamento de Duncan, coletando pertences usados por ele antes da internação.

Cerca de 50 pessoas estão sendo monitoradas por terem tido algum tipo de exposição a Duncan. Destas, dez têm alto risco de contaminação e foram isoladas nesta sexta, incluindo quatro familiares de Duncan.

Elas são visitadas por agentes de saúde e terão sua temperatura medida duas vezes ao dia durante 21 dias (tempo de incubação do vírus).

Em entrevista à rede de TV ABC, um sobrinho de Duncan disse que o estado do paciente piorou e ele já não consegue mais falar ao telefone com seus familiares.

AJUDA

O Pentágono divulgou nesta sexta que pode enviar quase 4.000 soldados para a África Ocidental como parte dos esforços para conter o ebola. O número é maior do que os 3.000 previstos inicialmente.

A estimativa da OMS (Organização Mundial de Saúde) é de que o vírus já deixou 3.439 mortos.

O governo da Libéria anunciou que jornalistas trabalhando no país precisarão de permissão oficial para acompanhar os casos de ebola.

As novas regras foram anunciadas após o cinegrafista freelancer Ashoka Mukpo, que trabalhava pela NBC News no país, ter sido diagnosticado com o vírus. Mukpo deve chegar aos EUA na segunda para ser submetido a tratamento.

Nesta sexta, um médico ugandense contaminado com o ebola em Serra Leoa chegou a Frankfurt para ser tratado.


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