Mulher com câncer fará suicídio assistido
Americana em estado terminal da doença tomará remédio para morrer em novembro
Brittany Maynard tem 29 anos de idade e já sabe o dia em que vai morrer.
Diagnosticada com câncer terminal no cérebro, ela decidiu recorrer à lei que permite o suicídio assistido em alguns Estados norte-americanos e vai tomar um medicamento que dará fim à sua vida no dia 1º de novembro.
Maynard descobriu a doença no início do ano, quando procurou um médico por causa de fortes dores de cabeça.
Em abril, depois de passar por duas cirurgias, recebeu a notícia de que teria apenas mais seis meses de vida.
Ela diz que, depois de pesquisar sobre os tratamentos possíveis, percebeu que nada poderia salvar sua vida.
"E os tratamentos recomendados destruiriam o tempo que ainda me restava", conta, em depoimento à CNN.
"Mesmo com medicamentos paliativos, eu poderia desenvolver dores resistentes à morfina e sofrer mudanças de personalidade e perdas motoras e cognitivas", afirma.
Ela decidiu, então, se mudar com o marido e a mãe para o Oregon, que permite a "morte com dignidade", como diz a lei ""um suicídio com assistência médica.
"Eu não sou suicida. Não quero morrer. Mas estou morrendo. E quero fazer isso nos meus próprios termos", diz.
Brittany virou o símbolo da organização Compassion and Choices, ONG que luta para estender a legislação sobre o suicídio assistido nos EUA.
Hoje, ele é permitido também em Montana, Novo México, Vermont e Washington. Ela gravou um vídeo com sua história --que já tem mais de 7 milhões de visualizações.
"Pretendo estar cercada pelas pessoas mais próximas, meu marido, minha mãe, meu padrasto e meu melhor amigo. E vou morrer no meu quarto, em paz, ouvindo alguma música que eu gosto".