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Liga Árabe quer mais observadores na Síria

Apesar de críticas, missão será mantida; especialistas da ONU vão treinar monitores

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Liga Árabe decidiu ontem, em reunião no Cairo, manter sua missão de observadores na Síria. O bloco, no entanto, pediu autorização para a entrada de mais representantes e mais independência em campo.

No momento, 165 observadores estão no país, mas a previsão inicial da Liga Árabe era enviar 500.

Segundo o chanceler do Qatar, Hamad bin Jassim, que preside o comitê sobre a missão na Síria, o bloco está atento às críticas de ativistas de que o grupo não tem cumprido seu objetivo no país. "O que tem ocorrido é ideal? Nós queremos fazer mais", disse.

Ele, no entanto, afirmou que o sucesso da missão "depende do governo sírio, e isso significa parar os assassinatos, retirar as tropas das cidades e permitir que jornalistas entrem e trabalhem" no país.

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Elaraby, por sua vez, defendeu a escolha do chefe da missão, o general sudanês Mohammed Ahmed al Dabi. Segundo Elaraby, a experiência militar de Al Dabi é útil na missão.

O general é alvo de críticas por sua ligação com o ditador sudanês, Omar Bashir, procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade.

Os ministros do bloco não chegaram a um acordo para enviar especialistas da ONU com a missão árabe, mas definiram que, a partir de agora, eles vão treinar, no Cairo, os monitores da Liga Árabe antes que sigam para a Síria.

Segundo a agência Efe, o bloco também decidiu pedir ajuda "política e financeira" da ONU para a missão.

Ativistas dizem que 450 pessoas morreram no país desde que teve início a missão dos observadores no país, no fim de dezembro.

NOVAS MORTES

Ontem, confrontos entre forças do regime e desertores do Exército na cidade de Basr al-Harir deixaram 11 soldados mortos, segundo ativistas.

O Observatório Sírio para Direitos Humanos, baseado em Londres, também divulgou que atiradores pró-regime e tropas de Assad, que entraram em casas de Homs, mataram ao menos dez civis, entre eles um garoto de 15 anos.

As informações não podem ser confirmadas, uma vez que o regime continua com restrições à entrada de jornalistas.

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