Nigéria está livre do ebola, afirma OMS
País africano não registrou novos casos nos últimos 42 dias, o equivalente a dois períodos de incubação do vírus
Nos EUA, 44 pessoas deixaram de ser monitoradas porque não correm mais risco de manifestar a doença
A OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou nesta segunda-feira (20) que a Nigéria está livre do ebola, depois de 42 dias (dois períodos de incubação do vírus) sem registro de novos casos.
Nos Estados Unidos, 44 pessoas deixaram o monitoramento para a doença sem nenhum sintoma.
"É uma história de sucesso espetacular que mostra que o ebola pode ser contido", diz nota da organização sobre a Nigéria.
De acordo com a OMS, o país --o mais populoso da África, com 177 milhões de habitantes-- registrou 20 casos da doença. Oito pessoas morreram.
EUA
Também nesta segunda, as autoridades sanitárias de Dallas (Texas) anunciaram que 44 pessoas passaram pelo período de 21 dias de incubação do vírus sem desenvolver a doença e não correm mais nenhum risco.
Elas estavam sob monitoramento por terem tido contato com o liberiano Thomas Duncan, o primeiro paciente diagnosticado com ebola nos EUA, morto em 8 de outubro.
Entre esses casos estão a noiva de Duncan, Louise Troh, seu filho e dois sobrinhos que ficaram em quarentena ao longo deste período.
"Estamos muito felizes que isso está terminando e gratos por nenhum de nós ter apresentado sinal da doença", disse Troh. "Perdemos muito, mas temos nossas vidas e nossa fé em Deus."
Ainda estão sendo monitorados mais de 70 funcionários de saúde que atenderam Duncan no Hospital Presbiteriano do Texas ""onde duas enfermeiras se infectaram.
Clay Jenkins, juiz do condado de Dallas, pediu à população que trate com compaixão aqueles que estão saindo do isolamento.
No Estado de Ohio, três pessoas estão em quarentena e outras 142 sob monitoramento, depois que Amber Vinson, uma das enfermeiras diagnosticadas com o ebola, viajou para a cidade de Cleveland dias antes de apresentar sintomas da doença.
A família de Vinson rebateu, em comunicado, as acusações de que a enfermeira não seguiu as regras do CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças) ao voltar de Cleveland para Dallas um dia antes de ser internada em um avião comercial.