Estado nega tratar conglomerado de forma diferente
A Lei de Mídia completa cinco anos neste mês e, segundo o governo argentino, seus maiores méritos são possibilitar que novos grupos consigam ter um canal de rádio ou TV, principalmente no interior do país, e adequar os grandes meios às regras antimonopólio.
Segundo Daniel Larrache, diretor de gestão da agência de regulamentação da mídia, foram outorgadas 1.200 novas autorizações e licenças para funcionamento de rádios (AM ou FM) e TVs (abertas ou fechadas) pelo país.
Ele rechaça a ideia de que outros grupos tiveram tratamento melhor e que uma eventual diferença se deu pelo poder das empresas. "Nenhum outro conglomerado precisou se separar para se adequar à lei. Isso mostra o tamanho do Clarín."
Entre as rádios, os grandes beneficiados foram as comunitárias e a Igreja Católica (que ganhou 44 frequências).
Ele também cita mais de 100 autorizações para comercializar o serviço de TV a cabo dadas a pequenas e médias empresas. A maioria dessas novas licenças foi dada fora das grandes cidades.
Ele diz que o outro mérito são os julgamentos das grandes empresas. Segundo o diretor, já foram 37 casos. "Alguns grupos tinham problemas de nacionalidade dos donos, outros de quantidade de licenças, outros de domínio de mercado, outros por ter acionista com incompatibilidades. O Clarín tinha todos os problemas", afirma. (FG)