Governo quer desviar atenção, afirma grupo
O grupo Clarín tem 158 licenças para operar TV a cabo pelo país, 8 emissoras de rádio, pelo menos 7 canais de TV fechada e 4 de TV aberta.
Essas negócios foram divididos em seis partes, sendo que as duas mais valiosas permaneceriam nas mãos dos atuais donos.
O governo considerou que o plano tinha manobras para que essas duas fatias de negócio fossem controladas pelas mesmas pessoas: Héctor Magnetto.
Ele ficaria com parte de uma das unidades, mas tem uma sociedade comercial com um advogado que iria gerenciar a outra.
Agora, o governo planeja uma licitação pública para definir quem vai ficar com cada uma delas.
Para a empresa, trata-se de uma nova etapa de perseguição política ao grupo.
O porta-voz do conglomerado, Martín Etchevers, diz que a motivação para isso é que, à medida que a situação econômica do país piora, com previsão de recessão durante dois anos, "o governo busca inimigos ou adversários para desviar a atenção".
Essa estratégia serviria para entusiasmar os militantes kirchneristas.
O motivo oficial da rejeição é que o plano tinha manobras para manter nas mãos dos maiores acionistas do momento as unidades de negócios que dão mais dinheiro, a TV a cabo.
O Clarín afirma que não há controle cruzado, pois a Lei de Mídia não se refere aos advogados que dirigem os fundos, mas só aos donos --"e, se um advogado aparece em uma sociedade que não tem nada a ver com as unidades de negócios em que se dividirão o Clarín, isso não afeta em nada a adequação".