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Romney já é favorito na Carolina do Sul

Ex-governador de Massachusetts ganha primárias dos republicanos em New Hampshire, após vitória em Iowa

Tom dos ataques contra ele sobe com a perda de espaço dos concorrentes nas últimas pesquisas

VERENA FORNETTI
ENVIADA ESPECIAL A MANCHESTER, NEW HAMPSHIRE

Mitt Romney, ex-governador de Massachusetts, abriu vantagem nos dois próximos Estados a escolher o republicano que disputará a eleição presidencial deste ano.

Na Carolina do Sul, que faz sua primária no dia 21, Romney lidera com 31,3% dos votos, segundo o Real Clear Politics, site que reúne diferentes pesquisas no país. Há uma semana, tinha 27,7%.

Na Flórida, Estado importante porque tem peso na convenção nacional do partido, Romney cresceu e conquistou o primeiro lugar nas sondagens. Do dia 6 até ontem, ganhou cinco pontos percentuais.

O ex-governador se fortaleceu na corrida republicana após duas vitórias seguidas, em Iowa na semana passada e em New Hampshire nesta terça-feira. No segundo Estado a fazer a prévia, ele recebeu 39,3% dos votos, seguido pelo deputado texano Ron Paul, com 22,9%.

Em terceiro lugar, ficou o ex-embaixador dos EUA na China Jon Huntsman (16,9%).

ACUSAÇÕES

Conforme seus concorrentes foram perdendo pontos nas pesquisas, o tom das acusações contra o ex-governador ficou mais duro. Ao comentar o resultado em New Hampshire, Romney afirmou que as críticas feitas a ele nos últimos dias não surtiram efeito. "As evidências [...] sugerem que ataques à livre iniciativa privada simplesmente não têm força."

Ele se refere aos ataques à sua atuação na Bain Capital, empresa de "private equity" (compra de participações acionárias) que comprava companhias em dificuldade e depois as vendia, mandando os trabalhadores embora.

Michael Barone, analista do instituto conservador American Enterprise Institute, destaca que o percurso de Romney nesta corrida é surpreendente, e que a tomada de posição dos eleitores independentes, apoiadores do movimento Tea Party e dos indecisos o beneficiou em New Hampshire. Mas enfatiza que as duas vitórias não garantem a nomeação.

O especialista Thomas Mann, da Brookings Institution, afirma que ex-governador é o candidato mais provável para a vaga do partido na eleição, mas argumenta que nos próximos dez dias o tom das críticas contra ele vai se elevar ainda mais.

Mann argumenta que a acusação em relação à dispensa de funcionários na Bain Capital ainda pode prejudicar o candidato.

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