Pelo menos 60 jornalistas morreram no ano de 2014
Levantamento é do CPJ; Síria lidera estatística
Ao menos 60 jornalistas foram mortos no mundo em 2014, a maioria no Oriente Médio, segundo relatório do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) divulgado nesta terça-feira (23).
Dois eram brasileiros e morreram na mesma semana de fevereiro no Rio: o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, e Pedro Palma, dono do jornal "Panorama Regional".
O número representa uma queda em relação ao ano passado, quando 70 jornalistas foram mortos. O CPJ ainda investiga as mortes de mais 18 jornalistas para determinar se estão relacionadas ao seu trabalho.
Quase metade dos profissionais foram mortos no Oriente Médio --a Síria foi, pela terceira vez, o país mais perigoso, com ao menos 17 mortes.
Neste ano, a facção radical Estado Islâmico, que atua na Síria e no Iraque, divulgou vídeos da decapitação de dois jornalistas americanos --James Foley e Steven Sotloff. Os dois haviam sido sequestrados enquanto cobriam a guerra civil da Síria.
Os confrontos entre separatistas e o governo da Ucrânia no leste do país deixaram cinco jornalistas e duas pessoas que trabalhavam para a mídia mortos. Já a guerra em Gaza, entre Hamas e Israel, foi responsável pela morte de ao menos quatro jornalistas.