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Rebaixada, França promete reformas

Presidente Sarkozy diz que anunciará "decisões importantes" até fim do mês e pede calma e coragem a franceses

Anúncio segue perda de nota máxima da dívida; para líder alemã, zona deve apressar adoção de medidas fiscais

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em sua primeira manifestação pública desde que a França teve sua nota da dívida rebaixada, na sexta, o presidente Nicolas Sarkozy prometeu novas reformas até o fim do mês e pediu calma e coragem da população para enfrentar a crise econômica.

"Esse é um teste, e, como tal, temos de confrontá-lo, resistir, lutar", afirmou Sarkozy ontem. "Temos de demonstrar coragem e calma", continuou, sem mencionar diretamente o rebaixamento.

Sarkozy não deu detalhes de que tipo de reforma adotará, dizendo apenas tratar-se de "decisões importantes" para combater a crise. No ano passado, seu governo teve de fazer dois cortes extras para alcançar a meta de equilibrar o orçamento até 2016.

Segunda economia da zona do euro, a França perdeu a classificação "AAA" (a mais alta), que foi reduzida para "AA+" pela agência Standard & Poor's (S&P).

Malta, Eslováquia e Eslovênia também tiveram suas notas diminuídas em um degrau, enquanto Itália, Espanha, Portugal e Chipre perderam duas classificações.

A Alemanha e outros seis países da zona do euro mantiveram a nota "AAA".

Há grande expectativa de como o mercado financeiro vai interpretar a série de rebaixamentos, na reabertura das Bolsas hoje. Na sexta, o impacto da notícia ficou limitado a Bolsas europeias e a Wall Street, que fecharam com pequenas baixas.

Para a quinta, é esperado o primeiro leilão de títulos franceses desde a revisão.

No sábado, a chanceler (premiê) alemã, Angela Merkel, disse que a decisão da S&P mostra que os países da zona do euro devem agir rapidamente para implementar reformas fiscais.

Para Merkel, a região ainda tem um "longo caminho pela frente" até recuperar a confiança dos investidores.

Outra expectativa na semana é em torno da Grécia.

Espera-se que, na quarta, sejam retomadas as conversas do governo com representantes dos credores privados, em busca de um acordo para a troca de títulos que leve a uma redução da dívida grega em € 100 bilhões. Encontro na última sexta fracassou.

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