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Paquistão

Justiça acusa premiê de desacato e aumenta a tensão com o governo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Suprema Corte do Paquistão acusou ontem o primeiro-ministro, Yousuf Raza Gilani, de desacato por não respeitar o prazo imposto pelo tribunal para reabrir investigações sobre casos de corrupção envolvendo o presidente Asif Ali Zardari.

O premiê também foi intimado a dar explicações na próxima quinta-feira. Conforme a decisão do juiz, Gilani pode pegar até seis meses de prisão e ser declarado incapaz de ocupar seu posto.

O ministro de Informação, Firdous Ashiq Awan, confirmou que o premiê comparecerá à audiência.

O incidente agrava ainda mais a sensível relação entre o governo e o Judiciário do país, que tem recebido apoio dos militares -também em atrito com o presidente e o premiê.

O governo teme um golpe militar -que seria o quinto na história do país-, e já teria pedido a ajuda dos Estados Unidos e do Reino Unido para conter o Exército.

Ontem, Gilani e Zardari conseguiram um voto favorável do Parlamento, que tem maioria governista. Os legisladores aprovaram uma declaração de apoio à democracia. "Hoje é o melhor dia para a democracia", disse o premiê, que tinha apresentado o texto na sexta-feira passada.

Horas antes da votação, o governo mudou trechos da declaração para obter apoio entre os oposicionistas.

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