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Morre, aos 83 anos, cravista e maestro Gustav Leonhardt

Holandês foi um dos grandes responsáveis pelo ressurgimento da música barroca no século passado

Instrumentista gravou primeira integral das cantatas de Bach; última apresentação foi em dezembro, em Paris

Divulgação
O músico holandês Gustav Leonhardt, morto anteontem
O músico holandês Gustav Leonhardt, morto anteontem

JOÃO BATISTA NATALI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O cravista, maestro e musicólogo holandês Gustav Leonhardt, um dos expoentes do ressurgimento da música barroca no século 20, morreu anteontem, em Amsterdã, aos 83 anos.

Ele se apresentou em público pela última vez em dezembro, no teatro Bouffes du Nord, em Paris, quando anunciou a interrupção da carreira por razões de saúde.

Foi por meio do cravo que Leonhardt se tornou um modelo de didatismo para os músicos que pretendiam recuperar as afinações e as formas de interpretação de um repertório que cobre, grosso modo, de meados do século 16 à morte de Johann Sebastian Bach (1685-1750).

Não que o barroco fosse desconhecido pelos contemporâneos de Leonhardt. Mas o período era submetido a uma visão "modernizada", que o situava como uma espécie de apêndice do fraseado melódico do romantismo.

O músico holandês deu novo rumo à sonoridade do cravo. Entre 1971 e 90, participou da primeira gravação integral, em instrumentos de época, das cerca de 230 cantatas sacras e profanas de Bach.

Ainda do alemão, gravou três versões das "Variações Goldberg", duas do "Cravo Bem Temperado" e também duas de "Arte da Fuga".

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