Manifestantes de Los Angeles protestam contra morte
Dois dias após um vídeo colocado na internet mostrar policiais de Los Angeles (EUA) matando a tiros um morador de rua negro, manifestantes protestaram contra o assassinato.
Aos gritos de "eles não podem matar a África", os manifestantes da marcha #VidasNegrasImportam caminharam na manhã desta terça-feira (3) a partir do local onde o sem-teto foi morto.
Ouvida no meio da multidão pelo jornal "Los Angeles Times", Tina Medina, 57, levou as mãos ao peito ao falar das recentes mortes provocadas por policiais.
"Tem havido muitos desses acontecimentos. Quando há conflito, é preciso achar outro meio de resolvê-lo."
Medina, que é professora na Escola Missionária Dolores, diz que ensina seus alunos a se educarem e aprenderem sobre os outros.
"Mas como explicar isso a eles?", pergunta.
Os três agentes da polícia de Los Angeles que participaram da ação que resultou na morte do sem-teto haviam recebido uma formação específica para lidar com doentes mentais e com pessoas que vivem nas ruas.
Mas o policial novato que gritou que o sem-teto tentou pegar sua arma, o que levou os outros a dispararem, possuía muito menos experiência que os outros dois.
A polícia não informou quanto tempo de treinamento ele, que também é negro, já havia recebido.
Todos os funcionários devem passar por ao menos 11 horas de treinamento.
Conhecido como África, o sem-teto já esteve detido em uma prisão federal por assalto à mão armada a um banco, segundo o "Los Angeles Times".
Segundo o jornal, a vítima era de origem francesa, se chamava Charley Saturmin Robinet e tinha 39 anos.