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Contra envenenamento, palácio de líder turco terá laboratório
Para proteger o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, de qualquer ameaça de envenenamento, será construído um laboratório no palácio presidencial, em Ancara, informou o jornal local "Hürriyet" nesta terça-feira (3). Segundo o médico particular de Erdogan, serão analisados todos os alimentos e bebidas consumidos pelo mandatário.
"Os atentados não se dão mais somente por meio das armas, mas também dos alimentos. Por isso, será instalado um laboratório no palácio", explicou o médico Cevdet Erdöl, que também é deputado pelo partido islâmico conservador Justiça e Desenvolvimento (AKP), o mesmo do presidente.
"Todos os líderes do mundo adotam medidas de segurança e de proteção contra os assassinatos. Mas acredito que nós estejamos mais avançados do que outros países", adicionou Erdöl.
A análise criteriosa de comidas e bebidas será adotada para prevenir que Erdogan, 61, seja alvo de qualquer ataque tóxico, químico, radioativo ou biológico.
A tarefa será feita por uma equipe de cinco médicos, a qual trabalhará durante 24 horas por dia. O especialista destacou que, até agora, nenhum ataque do tipo foi detectado.
O oitavo presidente turco, Turgut Özal, morreu em 1993 após sofrer um ataque cardíaco. Sua família e grande parte da sociedade turca atribuíram a morte a um envenenamento.
Uma autópsia feita em 2012 após a exumação do corpo de Özal confirmou haver tóxicos, mas não concluiu se essa foi a causa de sua morte.
PALÁCIO
O novo palácio de Erdogan, inaugurado em outubro, está no centro de uma grande controvérsia devido ao padrão de vida do mandatário.
O gigantesco projeto custou US$ 350 milhões (aproximadamente R$ 1 bilhão) tem 200 mil metros quadrados e conta com mil cômodos.
A construção do Ak Saray, também conhecido como Palácio Branco, recebeu fortes críticas da oposição e de ONGs ambientalistas.