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Líderes de FMI e Bird pedem corte 'responsável'

Cobrança é por ajuste fiscal que aumente chance de avanço do PIB

FMI reduziu a previsão de alta do PIB mundial de 4% para 3,3%, diz documento obtido pela agência italiana Ansa

DE SÃO PAULO

Os governos mundiais precisam ajustar suas contas, mas é necessário que a "consolidação fiscal" seja feita de "modo socialmente responsável". Esse é o pedido dos líderes de alguns dos principais organismos multilaterais, como FMI, Banco Mundial (Bird), OMC e OCDE.

Por socialmente responsável entenda-se medidas que vão aumentar a possibilidade de um país crescer e de a taxa de desemprego diminuir, e não o contrário.

"Nosso objetivo comum é o fortalecimento do crescimento, do emprego e da qualidade de vida em todo o mundo", diz documento assinado por 11 líderes (eles reiteram que a posição não é necessariamente a mesma dos órgãos que representam).

"Mas, no começo de 2012, nos preocupamos com a desaceleração do crescimento e o aumento da incerteza global, com o alto desemprego, especialmente entre jovens, com todas consequências sociais e econômicas negativas, e com o potencial refúgio para políticas protecionistas."

O caminho apontado no Fórum Econômico Mundial (em Davos, na Suíça) por gente como Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, e Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial, não é novo, mas tem sido um dos grandes dilemas dos líderes globais: conciliar crescimento com cortes nos gastos públicos.

De um lado, governos (especialmente na Europa e nos EUA) estão sendo pressionados pelos mercados para diminuir a dívida pública.

Sem essas medidas, investidores pedem cada vez mais dinheiro para financiar a dívida pública, retirando a capacidade de investimento dos governos.

Ao mesmo tempo, os cortes dos governos se refletem em retirada de dinheiro da economia e, geralmente, em demissões no funcionalismo.

O resultado obtido até agora é que os países envolvidos na crise da dívida vêm registrando crescimento fraco da economia (quando não retração), desemprego alto e a dívida não está se desacelerando como era previsto -muito porque o avanço do PIB tem sido menor ao projetado.

Esse cenário é que fez o FMI e o Banco Mundial reduzirem as suas previsões de expansão para o PIB global.

Segundo documento obtido pela agência de notícias Ansa, o FMI prevê agora que a economia mundial vai crescer 3,3% neste ano, 0,7 ponto percentual menos que a projeção anterior.

Já o Banco Mundial estima avanço de 2,5%, ante alta de 3,6% projetada em junho.

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