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Empresa dona de navio terá de responder por naufrágio

Chefe da Promotoria da Toscana vê negligência da Costa Cruzeiros; mais um corpo é achado, e total de mortos é de 16

Tony Gentile/Reuters
Costa Concordia naufragado perto da ilha de Giglio; mais um corpo foi encontrado, o que eleva para 16 o total de mortos
Costa Concordia naufragado perto da ilha de Giglio; mais um corpo foi encontrado, o que eleva para 16 o total de mortos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O chefe da Promotoria da Toscana, Beniamino Deidda, disse ontem que o inquérito sobre o naufrágio do Costa Concordia se focará agora nos principais executivos da proprietária, a Costa Cruzeiros.

Em entrevista à imprensa italiana, Deidda citou "problemas e atos de irresponsabilidade na segurança" nas decisões tomadas pela empresa.

O navio afundou em 13 de janeiro, perto da ilha de Giglio, num desastre que a empresa atribuiu a manobras "não autorizadas" do capitão Francesco Schettino.

Ontem, as equipes de resgate encontraram o corpo de uma mulher na embarcação, o que elevou para 16 o total de vítimas do naufrágio. Ainda há cerca de 20 desaparecidos.

Segundo o jornal "Corriere della Sera", apesar de Deidda negar, sua mensagem parece um pedido velado ao promotor encarregado do caso, Francesco Verusio, para que investigue a empresa.

Os promotores têm se mostrado relutantes em investigar a empresa, apesar de Schettino ter declarado à Justiça italiana que havia informado o chefe da unidade de crise da Costa Cruzeiros, Roberto Ferrarino, sobre a gravidade da situação imediatamente depois do acidente.

O capitão disse ainda à Justiça que a empresa os encorajava a executar a manobra de aproximação da costa como forma de ação publicitária.

Deidda pede que sejam esclarecidas as razões do atraso na retirada dos passageiros do navio, após ter sido confirmado que a situação estava fora de controle. Ele acredita que houve negligência da empresa e cita as imagens divulgadas de um membro da tripulação pedindo que as pessoas permanecessem nas cabines.

O promotor cita "botes salva-vidas que não puderam ser descidos, tripulação sem nenhuma ideia do que fazer e formação deficiente em gestão de emergência" como fatores a serem investigados.

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