Mulher de opositor venezuelano cobra Dilma
Manifestação reúne 3.000 em Caracas
A mulher do líder opositor venezuelano Leopoldo López, preso há um ano sob acusação de instigar protestos antigoverno, pediu ao Brasil maior contundência com o presidente Nicolás Maduro.
"Dilma [Rousseff], pronuncie-se", disse Lilian Tintori durante manifestação em Caracas convocada por López que, segundo os organizadores, reuniu 3.000 pessoas.
No palanque, ela estendeu o apelo às presidentes Michelle Bachelet (Chile) e Cristina Kirchner (Argentina), convidando-as a "ver de perto" a crise no país. À Folha, disse esperar que Dilma, "como mulher e mãe, apoie quem pede democracia."
Críticos acusam o governo brasileiro de fazer vista grossa para as ações de Maduro devido aos interesses econômicos na Venezuela e aos laços ideológicos entre setores petistas e chavistas.
O Brasil afirma atuar com empenho, mas sem alarde, em favor de uma solução pacífica e institucional à polarização no país vizinho. Caracas nega que cometa abusos.
Em novo indício de que as divergências minam a oposição, o governador do Estado de Mirando Henrique Capriles não participou do evento.