Eleitores da capital testam novo sistema de urnas eletrônicas
Os 2,5 milhões de eleitores de Buenos Aires estrearam neste domingo (5) a urna eletrônica para escolherem seu novo chefe de governo.
A novidade, criticada pela oposição por causa do custo (250 milhões de pesos, ou R$ 86 milhões) foi recebida com receio sobretudo pelos mais velhos --16% da população da capital é maior de 65 anos.
Nos dias anteriores à votação, o governo espalhou máquinas de teste, e os meios de comunicação difundiram informações sobre seu uso.
Na fila em uma seção eleitoral no bairro da Recoleta, Dora Uriona, 76, estava ansiosa para usar a urna pela primeira vez após ter experimentado a máquina de teste.
Levou poucos minutos para votar e fez uma recomendação para outubro: "Foi tudo bem, poderiam replicar na eleição nacional".
"Esse sistema é mais ágil e mais econômico", opinou seu irmão, Rubén, 72.
O novo sistema argentino é diferente do brasileiro.
O voto eletrônico é impresso e posto em uma urna, e a contagem se dá pela leitura do código de barras dessas cédulas. O resultado então segue para a Justiça eleitoral por uma máquina conectada à internet usada apenas para tabular e enviar os dados.
Antes, cada partido imprimia a própria cédula e colocava à disposição do eleitor nas seções. Em uma sala fechada, o votante escolhia a cédula de seu candidato, punha em um envelope e depositava na urna --o que alimentou acusações sobre falta de determinadas cédulas.
"A mudança é inconveniente no início, mas depois é boa", disse Hebe Macchione, 78. "Dá mais segurança."