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País é alvo de crítica por atitude sobre Síria

DE SÃO PAULO

Em debate promovido pela agência Associated Press, às margens do Fórum Econômico Mundial em Davos anteontem, o chanceler brasileiro Antonio Patriota ouviu críticas à atitude brasileira em relação à Síria.

"Imagine um ativista pró-democracia, sentado em Homs ou Hama [Síria], vendo o Exército do presidente Assad atirando em você? Do que você precisa? De alguém para colocar pressão sobre Assad para que pare de atirar", disse o diretor-executivo da organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch, Kenneth Roth.

"E é aí que uma série das principais democracias do mundo, incluindo algumas representadas aqui, realmente frustraram as expectativas da Primavera Árabe", afirmou.

Patriota reagiu condenando o pensamento que dispensa a opção diplomática em detrimento da força para frear conflitos. "Há algo profundamente errado quando os que deveriam dar o exemplo parecem estabelecer ligação direta entre a intervenção militar e a democracia", disse.

O Brasil se absteve em votação de uma resolução no Conselho de Segurança contra o regime de Bashar Assad.

O texto foi vetado por Rússia e a China, membros permanentes. Roth disse não é a melhor opção "cruzar os braços" quando o confronto já fez cerca de 5.000 vítimas.

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