Peça de avião pertencia ao voo MH370, diz Malásia
Destroço achado no oceano Índico foi enviada à França para análise
Anúncio feito pelo premiê malaio não explica, porém, motivo da queda do Boeing-777 da Malaysia Airlines
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, confirmou na madrugada desta quinta-feira (tarde de quarta-feira, 5, em Brasília) que a parte de uma asa de um Boeing-777 descoberta na ilha francesa de Reunião, no oceano Índico, pertence de fato ao voo desaparecido MH370.
"É com o coração pesado que anuncio hoje, 515 dias desde o desaparecimento do avião, que uma equipe internacional de especialistas concluiu que os destroços encontrados na ilha de Reunião [perto da costa da África] são realmente do MH370", disse.
A confirmação é o primeiro grande avanço na busca pelo voo, que desapareceu há 17 meses. Apesar de a notícia fornecer aos parentes a certeza de que os passageiros estão mortos, ainda não explica o que aconteceu de fato com a aeronave.
"Quero assegurar a todos os afetados por essa tragédia que o governo da Malásia está comprometido a fazer tudo o que está a seu alcance para descobrir a verdade sobre o que aconteceu", afirmou o primeiro-ministro.
O voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu em 8 de março de 2014, quando se dirigia para Pequim, na China, após decolar da capital da Malásia, Kuala Lumpur, com 239 passageiros e tripulantes a bordo.
ANÁLISE TÉCNICA
O anúncio do premiê malaio foi feito após a realização de análise dos destroços, nesta quarta-feira, em um laboratório militar de Balma, nos arredores de Toulouse, no sudoeste da França.
A análise foi conduzida na presença de representantes franceses, malaios, chineses e americanos.
Descoberta há uma semana em uma praia da ilha, que fica perto de Madagáscar, o fragmento de dois metros carrega a inscrição "657BB", o que, segundo especialistas, indica que se trata de um pedaço da asa de um Boeing-777 chamada "flaperon".