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China nomeia o 'número 3' de sua Chancelaria embaixador no Brasil

Escolha reforça prioridade a brasileiros na relação chinesa com a AL

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

Maior parceiro comercial do Brasil, a China nomeou como novo embaixador no país Li Jinzhang, que ocupava o terceiro cargo mais importante da Chancelaria.

Desde 2006, Li, 57, era um dos vice-ministros das Relações Exteriores. Antes, o diplomata havia servido em Cuba, Nicarágua e México, neste como embaixador.

Embora Li tenha chegado a Brasília há cerca de dez dias, a nomeação só foi divulgada oficialmente anteontem pela agência oficial Xinhua.

A escolha reforça a prioridade chinesa pelo Brasil nas relações com a América Latina. Os dois têm um crescente comércio e estão entre os Brics, bloco de países "emergentes" que ainda inclui Rússia, Índia e África do Sul.

A primeira grande tarefa do novo embaixador têm sido os preparativos para a reunião da Cosban (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Coordenação e Cooperação), em meados de fevereiro.

Pelo lado brasileiro, um dos temas será a alta de produtos importados chineses. Pressionado por setores industriais que veem uma "invasão" a preços desleais, o governo tem criado barreiras contra diversos itens.

Desde 2009, a China superou os EUA como principal parceiro comercial brasileiro. Em 2011, o saldo foi favorável em US$ 11,5 bilhões -alta de 125,5% em relação a 2010.

Apesar disso, o Brasil não consegue diversificar sua exportação para a China, concentrada em poucos produtos primários, principalmente minério de ferro e soja.

Criada em 2004 pelo então presidente Lula e pelo dirigente máximo chinês, Hu Jintao, a Cosban é o mecanismo de consulta bilateral de mais alto nível -mas tem sido pouco utilizada, apesar da sua importância no papel.

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