Venezuela aceita enviados de bloco em eleição
O órgão eleitoral da Venezuela anunciou nesta quinta-feira (17) que representantes da Unasul, bloco político sul-americano, poderão acompanhar o pleito parlamentar de 6 de dezembro.
A medida do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), porém, não satisfaz pedidos da oposição e de alguns países, que consideram missões de acompanhamento insuficientes e exigem observadores com reais poderes de supervisão e capazes de emitir declarações críticas.
Críticos temem que o governo socialista, cuja rejeição beira 80% devido à crise econômica e ao desabastecimento, recorra a fraudes para manter o controle sobre o Legislativo.
A presidente do CNE, Tibisay Lucena, insistiu em que os acompanhadores trarão garantia de lisura. "Não são pessoas que vão e vêm. São peritos eleitorais, técnicos, pessoas que conhecem os processos eleitorais", disse Lucena.
O representante brasileiro na comitiva da Unasul será o magistrado Nelson Jobim, que foi ministro da Defesa, da Justiça e do Supremo Tribunal Federal dos governos Lula e Dilma. Jobim disse à Folha que as modalidades da missão serão definidas nas próximas semanas. Questionado sobre a diferença entre observadores e acompanhadores, Jobim disse ser "a mesma coisa."