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Mitt Romney vence primária na Flórida e retoma favoritismo

Ex-governador de Massachusetts supera Newt Gingrich na 4ª prévia republicana para escolher rival de Obama

Embora haja um longo caminho matemático até a indicação do partido, vitória tem forte peso psicológico

LUCIANA COELHO
ENVIADA ESPECIAL A TAMPA

Mitt Romney, o ex-governador de Massachusetts que migrou da centro-direita à linha dura, venceu ontem com folga a emblemática primária republicana da Flórida e recuperou o favoritismo para disputar a Casa Branca pela oposição em novembro.

Somando duas vitórias em quatro prévias, foi um Romney confiante e solto que subiu ao palco no Centro de Convenções de Tampa, mesma cidade que sediará a convenção partidária que oficializará o candidato em agosto.

"Uma [temporada] primária competitiva não nos divide, mas nos prepara", disse, com um discurso de candidato e não de aspirante. Ele rebateu acusações de transformar a campanha em ringue.

"Quando nos reunirmos de novo aqui em Tampa, nosso partido estará unido."

Pela primeira vez, focou no presidente Barack Obama e não nos rivais de partido. Antes de ele terminar, sua campanha já disparava e-mails pedindo doações.

Newt Gingrich, o ex-presidente da Câmara que há uma semana empatava com Romney embalado pela vitória na Carolina do Sul, mas perdeu o fôlego em um Estado menos homogêneo, nem sequer passaria a noite na Flórida -seguiria para Nevada, que vota neste sábado.

"Ainda há 46 Estados para votar", afirmou, sem parabenizar Romney. "Vamos disputar todos para vencer."

À 1h de hoje no Brasil, com 98% dos votos apurados, o ex-governador liderava com 46% das preferências. Gingrich tinha 32%; o ex-senador Rick Santorum, 13%, e o deputado Ron Paul, 7%.

Romney leva, assim, todos os 50 votos a que a Flórida tem direito na convenção partidária, onde são necessários 1.144 votos para se tornar candidato. Soma agora 66, contra 25 de Gingrich, 10 de Paul e 8 de Santorum.

"Romney promoveu uma extensa operação em campo e obteve apoio significativo dos líderes do partido e Gingrich não conseguiu alcançá-lo", disse à Folha o cientista político Daniel Smith, da Universidade da Flórida.

O ex-governador mostrou uma campanha azeitada, com discursos agressivos. Acusado de frieza, tentou mostrar o lado emocional e ser mais empático com os eleitores. Mas investiu sobretudo em expor fraquezas do rival.

Embora haja um longo caminho matemático até a candidatura, a vitória na Flórida tem peso psicológico.

Primeiro, freia a escalada de Gingrich, que busca aglutinar o eleitorado mais à direita, hesitante ante Romney.

Mas, principalmente, trata-se do primeiro Estado-pêndulo de peso a votar -sem preferência clara, é disputado entre republicanos e democratas. Com um eleitorado mais diversificado, reflete melhor o resto do país.

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