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EUA antecipam fim de ações no Afeganistão Meta é que as missões de combate terminem já em 2013, um ano antes do previsto, disse o secretário de Defesa Novo foco seria treinar tropas do Afeganistão, país que invadiram em 2001; saída pode ajudar candidatura de Obama DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIASO secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, disse que as forças aliadas pretendem encerrar no segundo semestre do ano que vem as missões de combate no Afeganistão, passando a focar no treinamento e no assessoramento das tropas afegãs. A medida anteciparia em um ano o fim das ações militares americanas. No ano passado, o presidente Barack Obama disse que o objetivo americano era repassar no fim de 2014 o controle da segurança para as autoridades afegãs. O governo afegão já tem retomado gradualmente a segurança de algumas províncias, e o plano dos EUA e dos aliados é transferir no ano que vem as obrigações até mesmo "de algumas das áreas mais difíceis." O presidente francês, Nicolas Sarkozy, surpreendeu os aliados ao afirmar na semana passada que iria propor que o Afeganistão assumisse o "controle completo" das missões de combate em 2013. Dias antes, o francês, que busca a reeleição neste ano, ameaçou retirar as tropas do seu país caso não fosse garantida a segurança dos militares que estão treinando soldados afegãos -quatro oficiais franceses foram mortos no país no mês passado. O anúncio do secretário americano, portanto, deve reduzir as pressões dos aliados. Segundo Panetta, a decisão não significa que as forças dos EUA e dos demais aliados "não estarão prontas para o combate", mas sim que elas não estarão mais "no papel formal de combate que estão neste momento". Ele disse também que não foi tomada nenhuma decisão sobre o número de soldados americanos que ficarão no Afeganistão a partir de 2014. Porém sinalizou ser improvável que, nos meses seguintes à mudança, o número fique abaixo dos 68 mil projetados para setembro neste ano -atualmente os Estados Unidos têm cerca de 90 mil militares no Afeganistão. O discurso de Panetta, feito a caminho da reunião da Otan (aliança militar ocidental) em Bruxelas, ocorre dias depois do encontro no Qatar entre autoridades americanas e negociadores talebans para a construção das negociações de paz. A promessa de saída no ano que vem do Afeganistão (onde os EUA estão desde 2001) pode servir como instrumento na campanha de reeleição de Obama -no fim de 2011, as forças norte-americanas encerraram as operações no Iraque. PAQUISTÃO O anúncio de Panetta ocorre no mesmo dia em que vazou um relatório militar secreto dos EUA que afirma que o Taleban, respaldado pelo Paquistão, se prepara para retomar o controle do Afeganistão quando as forças aliadas se retirarem do país. Ele conclui que a força e a moral do Taleban permanecem em grande medida intactas, apesar do avanço militar da Otan, e que números importantes de soldados governamentais afegãos vêm desertando para juntar-se ao grupo fundamentalista. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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