Bancos dos EUA indenizarão proprietários

Após meses de complicadas negociações, o governo dos EUA e cinco dos maiores bancos do país fecharam acordo de US$ 26 bilhões.

O montante pode aliviar os problemas de 2 milhões de atuais e antigos mutuários de imóveis prejudicados pelo estouro da bolha na habitação, em 2006, uma das origens da atual crise econômica.

O acerto surgiu após investigação sobre o setor hipotecário conduzida pelos 50 Estados americanos no final de 2010, em meio a protestos quanto à revelação de que bancos haviam despejado mutuários com documentação falsa ou incompleta.

Ele é parte de um plano nacional mais amplo cujo objetivo é deter a queda no mercado de habitação. Para Obama, é mais um trunfo na área econômica, fundamental para sua reeleição.

O acordo com envolve "corrigir os erros que resultaram no colapso do mercado da habitação", disse o secretário da Justiça, Eric Holder. "Recuperamos recursos preciosos dos contribuintes."

Cerca de US$ 5 bilhões em pagamentos seriam destinados aos governos estaduais e federal, outros US$ 3 bilhões seriam usados para refinanciamento, e US$ 1 bilhão seria pago à Administração Federal da Habitação.

Os US$ 17 bilhões restantes deverão ser utilizados para aliviar os problemas dos mutuários.

PEQUENA PARCELA

Apesar disso, a assistência beneficiará fatia relativamente pequena dos milhões de mutuários inadimplentes que enfrentam risco de execução de hipoteca.

Ainda assim, o acordo representa o mais amplo esforço até o momento para ajudar os mutuários cujas dívidas sejam superiores ao valor de mercado de suas casas.

Cerca de 1 milhão deles devem ter sua dívida hipotecária reduzida pelas instituições credoras ou poderão refinanciar suas hipotecas, pagando juros mais baixos.

Outras 750 mil pessoas que perderam suas casas devido à execução de hipotecas receberão cerca de US$ 2.000.

Desde 2007, 4 milhões de hipotecas residenciais foram executadas nos EUA, e diversas regiões sofrem com um excedente de casas desocupadas, como a Califórnia.