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Ataque contra forças de Assad mata 28

Governo culpa terroristas por bombas em Aleppo, a cidade mais populosa do país; ao menos 275 ficaram feridos

Insurgência reivindica ataque para, depois, negar autoria; televisão estatal mostra imagens de corpos aos pedaços

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Dois ataques a bomba em Aleppo, a cidade mais populosa da Síria (2,3 mi), mataram ao menos 28 e feriram 275 ontem. Os alvos foram um edifício militar e uma base das forças de segurança.

Esse é o incidente mais violento a atingir o entreposto comercial desde o início dos levantes contra o ditador Bashar Assad, há 11 meses.

A televisão estatal da Síria exibiu imagens de corpos desmembrados diante das construções atingidas.

"Desculpas por mostrar essas imagens, mas esse é o terrorismo que está nos atingindo", afirma um repórter.

Um comandante do Exército Livre Sírio assumiu o ataque. Um porta-voz insurgente, porém, negou a participação do grupo -e afirmou que o ato foi encenado pelo governo para desacreditar rebeldes.

A cidade de Homs segue sitiada e sob ataque pesado do governo. Segundo ativistas, mais de 300 morreram ali durante a última semana.

A comunidade internacional vem, há meses, condenando a situação na Síria. Porém, ainda não há consenso de como -e se- intervir.

Apoiado pela Rússia, Assad tem ignorado os apelos de EUA, Turquia, União Europeia e Liga Árabe para que deixe de reprimir os levantes no país e abandone o cargo.

Ministros do Exterior árabes devem se reunir amanhã no Cairo para discutir uma nova missão de observadores na Síria. Ontem, o rascunho de um novo plano de paz, a ser apresentado na Assembleia Geral da ONU, foi divulgado pela Arábia Saudita.

A Rússia insiste que não deve haver intervenção. O veto do país, ao lado da China, impediu ação no Conselho de Segurança da ONU neste ano.

Ontem, houve manifestações em cidades sírias, sob a bandeira "a Rússia está matando nossas crianças".

A China emitiu nota afirmando estar interessada em dialogar com as partes envolvidas, o que foi visto como flexibilização de sua posição.

Ontem, ativistas se confrontaram com forças pró-Assad, em Damasco. Não há informações sobre vítimas.

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