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Explode violência em protestos na Grécia

Mais de 100 mil participaram de manifestações contra a aprovação do pacote; repressão policial fez 22 feridos

Em Atenas, comércios cafés e cinemas foram incendiados; premiê condena vandalismo e conflitos se espalham

DE LONDRES

Com mais de dez prédios queimados em Atenas e pelo menos 22 feridos em conflitos com a polícia, a Grécia viveu momentos de tensão e conflito antes de o Parlamento aprovar as medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais.

Mais de 100 mil pessoas protestaram contra o acordo no país. Havia ao menos 80 mil pessoas reunidas em Atenas, na praça Sintagma -em frente ao Parlamento- na maior manifestação da semana contra o pacote de cortes.

Conflitos entre manifestantes e policiais deixaram pelo menos 22 feridos e, segundo a polícia, 50 pessoas tiveram que ser atendidas por problemas respiratórios causados por gás lacrimogêneo. Há relatos de que o número de feridos pode chegar a 70.

Desde terça-feira passada, o país enfrentou duas greves gerais e três protestos.

Na cidade de Tessalônica, a segunda maior do país, mais 20 mil pessoas estavam ontem em manifestações.

REFERÊNCIA

Com palavras de ordem e cartazes, a multidão reunida na praça pedia que os parlamentares resistissem. "Não joguem fora tudo o que conquistamos", dizia um cartaz.

Outro tinha a imagem de um helicóptero e os dizeres "fora!", menção a Fernando de La Rúa, presidente argentino que, em dezembro de 2001, renunciou em meio a protestos e fugiu da Casa Rosada em um helicóptero.

Gritos de "ladrões, ladrões" e de "somos nós ou eles" também eram entoados pela multidão.

Ao deixarem a praça, alguns dos manifestantes atearam fogo a dois cinemas históricos de Atenas, a lojas e a prédios de bancos locais e internacionais, vistos como culpados pela situação do país. Uma loja da rede de cafés Starbucks também foi incendiada.

O primeiro-ministro grego Lucas Papademos declarou que "vandalismo, violência e destruição não têm lugar em um país democrático e não serão tolerados".

De acordo com informações da televisão estatal grega a onda de violência chegou também às ilhas de Corfu e Creta e a cidades no interior do país.

(RODRIGO RUSSO)

Com agências de notícias

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