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Para economista, união política "não faz sentido"

DE SÃO PAULO

Jim O'Neill ficou um pouco melindrado ao ser esnobado na primeira cúpula dos Brics, em 2009, na Rússia. "Aparentemente, meu convite ficou perdido no correio", ironiza em seu livro recém-lançado "O Mapa do Crescimento: Oportunidades Econômicas nos Brics e Além".

O economista que ajudou a alçar os quatro países a um novo patamar de investimentos -há hoje US$ 20 bilhões aplicados em fundos Brics- acha que transformá-los em uma entidade política "não faz nenhum sentido".

"Esses quatro países compartilham muito pouco: dois são democracias, dois não; dois são produtores de commodities, dois não; Brasil e Rússia têm nível semelhante de riqueza, a Índia está muito atrás", diz. "O resultado é que os países têm prioridades muito diferentes."

Por isso, é muito difícil os Brics terem objetivos comuns. "Eles não conseguiram nem concordar em relação a um nome para liderar o FMI, quando Strauss-Kahn saiu."

O'Neill também discorda da inclusão da África do Sul nos Brics, que foi abraçada pela diplomacia brasileira. "A África do Sul não deveria ser incluída nos Brics, de jeito nenhum, é muito pequena", criticou

Segundo a GS, o Brasil desbancaria a Itália da sétima posição na economia mundial apenas em 2020. Em vez disso, o Brasil ultrapassou o Reino Unido neste ano, e se tornou a 6ª maior. Mas O'Neill não revisou previsões. "Se o real desvalorizar, o que é provável, o Brasil não vai se manter como a 6ª maior economia. É um pouco enganoso."

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