Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
PIB europeu cai e 6 países estão em recessão Economia da União Europeia encolhe 0,3% no 4º trimestre de 2011, a primeira contração no bloco desde 2009 China diz que vai se envolver mais na ajuda à zona do euro, porém não anuncia aquisição de papéis da região DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIASA economia europeia encolheu no quarto trimestre de 2011 pela primeira vez em mais de dois anos, com quatro países entrando tecnicamente em recessão, além de Portugal e da Grécia, que já estavam no ciclo negativo. O PIB da União Europeia se contraiu em 0,3% nos últimos três meses de 2011 (resultado idêntico ao do bloco dos países que usam o euro), mostrando as dificuldades enfrentadas pelos países para conciliar crescimento com os cortes nos gastos públicos. A queda foi um pouco menor que a esperada por analistas, indicando que a crise atual não vai ser tão dura quanto a sua versão anterior (iniciada na metade de 2008). No início de 2009, o PIB da zona do euro caiu 2,7%. Levando em conta o critério consagrado de que recessão são dois trimestres seguidos de contração, Itália (terceira economia da zona do euro), Holanda, Bélgica e República Tcheca (esta última, fora da moeda única) entraram nessa lista. O conjunto de seis países da UE agora em recessão representa cerca de um quarto do PIB total do bloco. Mesmo os países do norte do continente não passaram incólumes. A Alemanha, a maior economia da região, teve contração de 0,2% -a primeira em quase três anos-, e a Áustria, de 0,1%. A queda desses países, especialmente da Alemanha, pode representar mais um desafio para as autoridades, caso se converta em novo motivo para o descontentamento popular contra o resgate a economias como a grega. Do lado dos endividados (Grécia, Portugal, Espanha e Itália, entre outros), o encolhimento do PIB torna mais difícil cumprir as promessas de ajuste das contas públicas. Isso porque a economia feita com corte de gastos acaba sendo prejudicada pela queda na arrecadação dos impostos, resultado do recuo da economia. O agravamento da crise europeia deve dificultar a retomada global, já que as importações do bloco tendem a cair, o que pode também provocar uma queda nos preços das commodities. Os 27 países da UE compraram 20,7% de tudo o que o Brasil exportou em 2011. O impacto nas commodities seria ainda maior, já que elas representam quase metade de tudo o que o país exporta. CHINA Em uma boa notícia para a zona do euro, a China disse que estará "mais envolvida nos esforços" para ajudar a resolver a crise do bloco. As autoridades, porém, não anunciaram nenhum investimento na compra de títulos europeus. O auxílio viria ou via FMI ou via o fundo de estabilidade europeu. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |