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Obama recupera a aprovação pós-morte de Osama bin Laden

Presidente é bem avaliado por 50%, ajudado pela melhoria em alguns índices econômicos, e venceria os republicanos

62% dos que votam na oposição republicana se dizem insatisfeitos com os pré-candidatos do partido à Presidência

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

A aparente melhora da economia já se reflete nas intenções de voto para as eleições de novembro, com a aprovação do presidente Barack Obama subindo e os índices da oposição em baixa, mostrou levantamento do jornal "The New York Times" e da TV CBS divulgado ontem.

Na pesquisa feita de 8 a 13 de fevereiro com 1.197 pessoas, a aprovação de Obama marca 50% -algo que só ocorreu outras duas vezes após o primeiro ano de mandato, em abril de 2010 e maio último, com a morte do terrorista Osama bin Laden.

A performance segue a evolução da percepção sobre a economia após uma leva de índices promissores. Neste mês, 34% disseram ter perspectiva de melhora, ante 25% em janeiro. É o índice mais alto em 22 meses.

Subiu ainda a parcela de americanos para a qual o país segue no rumo certo, embora a que afirme que a direção é errada continue maior: 35% a 59%, ante 29% a 66% no último mês.

Não é só a economia, porém, que beneficia Obama. A crise política instalada em 2011 e os inúmeros impasses no Congresso, cuja aprovação cai a 10%, chamam a atenção e se mostram mais maléficos para a oposição.

O percentual de eleitores que tem na economia sua maior preocupação caiu de 35% para 22% (outros 22% citam o desemprego), e os que citam o deficit federal, principal frente de ataque republicana, caíram de 11% a 4%.

Paralelamente, subiram de 3% a 7% os que acham que o incômodo maior são "os políticos". Dos entrevistados, 50% dizem que o Partido Democrata, do presidente, está na direção errada, e 60% acham que a oposição o faz.

Mais: a resposta "direção errada" foi dada por 31% dos republicanos sobre seu próprio partido, e por apenas 14% dos democratas -um potencial problema para a oposição motivar o eleitor a ir às urnas em novembro, já que o voto não é obrigatório.

Entre os que votam no partido, 62% se disseram insatisfeitos com as opções de candidato à Presidência.

Obama derrotaria qualquer um dos pré-candidatos se a eleição fosse hoje, com a maior margem sobre o ex-presidente da Câmara Newt Gingrich (18 pontos percentuais) e a menor contra o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney (seis pontos).

Embora Romney continue o favorito (30% das preferências dos republicanos), está quase empatado com o ex-senador ultraconservador Rick Santorum, que foi a 27% após vencer três prévias no mês (a margem de erro não foi divulgada). O deputado Ron Paul tem 12%, e Gingrich, 10%.

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