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China apoia plano de Constituição na Síria

Rede de TV NBC relata que um "bom número" de drones monitora a repressão no país

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Zhai Jun, vice-ministro chinês de Relações Exteriores, pediu ontem que governo e oposição na Síria "interrompam de imediato a violência".

A declaração foi dada durante sua visita a Damasco, durante a qual ele se encontrou com o ditador Bashar Assad. Zhai afirmou, segundo relata a televisão estatal síria, que o retorno à paz deve vir "o mais rápido possível".

O representante chinês apoiou publicamente os planos governamentais de uma nova Constituição no país e de eleições parlamentares -que diz esperar serem realizadas "de maneira pacífica".

A oposição na Síria, no entanto, rejeitou na semana passada o projeto de uma nova Carta e pediu boicote ao referendo de 26 de fevereiro.

Antes de viajar a Damasco, Zhai havia deixado claro à agência oficial chinesa que seu país não irá aprovar uma intervenção armada na Síria ou a "instauração por força" de uma mudança de regime.

Ontem, a rede americana de TV NBC relatou que um "bom número" de aviões não tripulados dos EUA -os chamados "drones"- monitoram a repressão na Síria.

VETO

Em 4 de fevereiro, tanto China quanto Rússia vetaram uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que condenava a repressão do regime ditatorial de Assad.

As estimativas das Nações Unidas, interrompidas no início do ano por falta de informações confiáveis, davam conta de que já morreram mais de 5.400 pessoas no país desde março de 2011.

O veto chinês tem sido elogiado na mídia local ligada ao governo. O "Global Times", do Partido Comunista da China, afirmava ontem que "a coragem do país de verdadeiramente se expressar e calmamente manter sua posição é digna de mérito".

Para o "China Daily", o "não" chinês foi "consistente com a política independente de relações exteriores de paz".

Milhares de pessoas foram às ruas ontem para funeral-protesto em Damasco, em uma das maiores demonstrações públicas na cidade.

As forças de segurança dispararam contra manifestantes. Ativistas dizem que houve ao menos uma morte.

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