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Comitê relaciona 46 casos de jornalistas assassinados em 2011

Brasil tem maior número de pedidos de retirada de conteúdo da internet no mundo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O CPJ (Comitê para a Proteção dos Jornalistas) apresentou ontem, no Cairo, um relatório anual apontando que ao menos 46 jornalistas foram assassinados no ano passado, ao redor do mundo.

Como há outros 35 casos sob investigação, é possível que esse número suba.

Em 2010, foram 44 mortos.

A entidade alertou, também, para o aumento da repressão e do controle governamental das informações, como foi visto na Síria, no Egito e em outros países árabes em revolta. Entre os mecanismos de censura, estão os cortes no acesso à internet e a telefones celulares.

O relatório aponta que havia 179 repórteres, editores e fotógrafos presos em 1º de dezembro do ano passado.

Isso significa aumento de 34% em relação a 2010.

O Paquistão continua sendo o país mais perigoso para o exercício da profissão de jornalista. Houve lá sete assassinatos em 2011.

O Oriente Médio foi a região onde a situação mais se agravou: 19 mortos em 2011 ante 6 no ano anterior.

O recorde de detenções está com o Irã, em que há 42 jornalistas presos devido à intimidação do governo contra a imprensa. A repressão foi reforçada há mais de dois anos com as revoltas que seguiram as eleições presidenciais.

O Brasil também ocupa um primeiro lugar, no relatório, sendo o país em que houve mais pedidos para remoção de conteúdo na internet -totalizando 224. Na Alemanha, segunda colocada, foram 125.

O CPJ aponta duas mortes no Brasil: a do editor Edinaldo Filgueira ("O Serrano") e a do cinegrafista Gelson Domingos da Silva (Rede Bandeirantes).

A situação dos jornalistas na América Latina teve piora em 2011, afirma o órgão.

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