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Calote grego é muito provável, diz agência

Fitch rebaixa nota de crédito do país, num sinal de que pacote de ajuda de € 130 bilhões não convenceu os mercados

Governo anuncia que deficit público, diferença entre despesas e receitas, foi maior que o esperado

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

Em mais um sinal de desconfiança quanto ao sucesso do segundo pacote de resgate à Grécia, aprovado na madrugada de anteontem, a agência de classificação de risco Fitch reduziu ontem a nota da Grécia de "CCC" para "C" e declarou que um calote do país "é altamente provável no curto prazo".

Essas notas servem de parâmetros para investidores.

Quanto piores, maior o risco para investir e maior o juro pago pelo país na hora de conseguir empréstimos.

A decisão da agência veio após a União Europeia concordar em emprestar ao país € 130 bilhões (cerca de R$ 293 bilhões) para evitar que o governo grego desse calote em sua dívida.

O dinheiro, porém, é visto como insuficiente por muitos e apenas um paliativo.

Continuam os riscos de um calote e de saída do país da zona do euro.

Ontem, o governo da Grécia anunciou que, devido à recessão em 2011 ter sido maior que o previsto, o deficit público (resultado das receitas menos despesas) em 2012 deve chegar a 6,7% do PIB, e não a 5,4%, como esperavam.

O Parlamento grego deve votar hoje leis que regulam medidas de austeridade e autorizam o acordo com os credores do setor privado, condições para que o empréstimo seja liberado.

Ontem, enquanto os parlamentares discutiam os projetos, novos protestos foram convocados contra o pacote de austeridade que terá que ser implementado.

Desta vez, não houve conflito entre manifestantes e a polícia.

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Outra probabilidade que cresce é a de uma recessão na zona do euro.

Divulgado ontem, o índice PMI da região caiu para 49,7 em fevereiro, após registrar 50,4 no mês passado.

O índice tenta prever o desempenho do setor industrial. Valores abaixo de 50 demonstram contração; acima de 50 significam expansão.

A Grécia e o índice ajudaram a derrubar as Bolsas no continente.

A espanhola caiu 1,26%. Em Frankfurt e Milão, as perdas ficaram perto de 1% (0,93% e 0,92%).

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