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Cristina quer rota de Buenos Aires até as ilhas Malvinas

Anúncio destoa de estratégia agressiva do governo, que defende soberania sobre arquipélago britânico

SYLVIA COLOMBO
ENVIADA ESPECIAL A PUNTA ARENAS

A presidente argentina, Cristina Kirchner, mudou sua estratégia com relação aos voos comerciais que unem o continente sul-americano às ilhas Malvinas (Falklands para os britânicos).

Nos últimos meses, Cristina ameaçou cancelar o único voo semanal que liga a cidade chilena de Punta Arenas a Stanley, capital das Malvinas.

A rota sobrevoa espaço aéreo argentino. Duas vezes por mês, o avião para na cidade argentina de Río Gallegos.

Ontem, na sessão de abertura dos trabalhos do Congresso, com a presença do juiz espanhol Baltasar Garzón, Cristina disse que pedirá a revisão do acordo de 1999 com o Reino Unido que permitiu a conexão atual. Ela quer voos de Buenos Aires.

"Instruí o chanceler [Héctor] Timerman e o presidente das Aerolíneas Argentinas [Mariano Recalde] para que, em vez dos dois voos mensais que aterrissam em Río Gallegos, sejam três voos, mas que partam de um território continental, desde Buenos Aires até as ilhas, com nossa companhia", disse.

A Folha viajou nesse voo em janeiro. Nele, em geral, viajam britânicos (ligados à pesca e à exploração de petróleo), chilenos (que trabalham por temporadas nas ilhas), além de veteranos e familiares de soldados mortos, para render homenagem. Há poucos turistas, que em geral preferem a via marítima para chegar às ilhas.

Segundo o jornal "Penguin News", das ilhas, o governo das Falklands iria responder à proposta de Cristina.

O anúncio acontece a um mês da comemoração dos 30 anos da Guerra das Malvinas, na qual a Argentina foi derrotada.

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