Chávez confirma que 'lesão' era câncer

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, confirmou que a "lesão" retirada de sua pélvis durante operação em Havana (Cuba), no último dia 26, era um câncer.

Seria uma recorrência de outro tumor, diagnosticado em junho do ano passado e também já extirpado.

Chávez negou evidência de metástase, mas afirmou que se submeterá a radioterapia.

"A análise patológica do tumor extirpado confirmou o que já se imaginava, que o mesmo é uma recorrência do câncer diagnosticado inicialmente", afirmou Chávez em programa de TV gravado no sábado, em Cuba, e divulgado ontem na Venezuela pela mídia estatal local.

Segundo ele, um tumor de dois centímetros foi removido da mesma área de onde foi extraído o anterior.

Chávez chamou de "especuladores sem nada para fazer" aqueles que sugeriram que seu câncer havia se espalhado para outros órgãos.

Desde 1999 no poder, Chávez quer concorrer às eleições presidenciais de outubro.

INCIDENTE

Ontem, o candidato da oposição, Henrique Capriles, afirmou que simpatizantes do partido governista PSUV deram tiros para dissolver uma passeata dele em Caracas, uma das cidades mais violentas do mundo.

"Que medo têm os que estão no poder?", disse Capriles, em sua conta no Twitter.

Um jovem universitário, filho do deputado opositor Ismael García, teria ficado ferido no braço direito. Os opositores não apresentaram evidências de que o ato foi obra de chavistas, no entanto. O governo não comentou.