Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Teerã revoga pena de morte contra norte-americano SAMY ADGHIRNIDE TEERÃ A Suprema Corte do Irã revogou ontem a pena de morte contra um ex-fuzileiro naval americano de origem iraniana acusado de espionagem e ordenou que o julgamento seja retomado. Segundo um porta-voz do Poder Judiciário, Amir Mirazei Hekmati, 28, admitiu ser ligado à CIA (serviço secreto externo dos EUA), mas disse que não pretendia agir contra o Irã. A decisão sobre o acusado, que serviu os EUA no Iraque e no Afeganistão, pode ser vista como um aceno a Washington. Hekmati, que nasceu nos EUA de pais imigrantes iranianos, foi preso em circunstâncias não esclarecidas em agosto ou setembro de 2011, quando estava no Irã. Em dezembro, a televisão estatal iraniana divulgou imagens nas quais o acusado confessava, em farsi fluente, que tentava se infiltrar, para a CIA, nos serviços de segurança de Teerã. O governo americano nega que ele fosse agente de Inteligência. A família também rejeita as acusações e diz que ele estava no Irã, devidamente munido de seu passaporte iraniano, visitando a avó quando foi preso. O Irã sofreu nos últimos anos ações tidas por analistas como atos de sabotagem de agentes infiltrados, como assassinatos de cientistas nucleares e explosões em centros industriais. Desde então, Teerã apertou o cerco contra iranianos que possuam também passaporte ocidental. Para Victoria Nuland, porta-voz do Departamento de Estado, a revogação da pena é um "desenvolvimento bem-vindo". Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |