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Campo de futebol dentro de presídio de Guantánamo cria polêmica nos EUA

DE SÃO PAULO

No que depender do almirante americano David Woods, responsável pela prisão de Guantánamo, detentos bem-comportados serão recompensados com um campo de futebol em que jogar.

O projeto polêmico, estimado em US$ 744 mil (R$ 1,3 milhão), é visto como um mimo pela ala conservadora.

Gus Bilirakis, congressista republicano, enviou na semana passada uma carta a Leon Panetta, secretário de Defesa, querendo saber quem aprovou o gasto "frívolo", em tempos de crise econômica.

"É curioso que o governo federal tenha conseguido gastar quase US$ 1 milhão para o conforto de detentos que são acusados de oferecer risco real ao nosso país e ao povo."

Woods, por sua vez, afirma que os críticos não entendem o propósito da casa de detenção -erguida, diz, não para punir presos, mas para mantê-los longe do campo de batalha em condições humanas.

As oportunidades de socialização, como em uma partida de futebol, se enquadram nesse panorama, afirma.

O campo de Guantánamo deve abrir assim que as traves do gol forem fixadas.

Woods justifica o alto preço do projeto devido ao embargo americano a Cuba, país em que a prisão está localizada. O material de construção teve de ser importado.

Guantánamo tem 171 presos, muitos deles suspeitos de ter laços com grupos terroristas. Apenas cinco foram condenados nos tribunais militares da base, e são mantidos separados dos demais.

O campo de futebol estará disponível a cerca de 120 dos detidos, aqueles em acordo com as regras do local. Outros "prêmios" são aulas de línguas e refeições comunais.

Os EUA sofrem pressão para aprimorar as condições de Guantánamo -em que alguns dos detidos não têm previsão de quando serão soltos.

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