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Mulheres vão às ruas pelos seus direitos

Manifestações são organizadas em lugares como Filipinas, Turquia, Egito e os EUA

DIOGO BERCITO
DE SÃO PAULO

De véu, de óculos escuros, de peitos de fora. Mulheres protestaram ontem ao redor do mundo como quiseram ou puderam, participando de manifestações em países de tolerância e igualdade de gênero variadas como Filipinas, Egito, China e EUA.

Entre as demonstrações públicas do Dia Internacional da Mulher, a Turquia servia ontem como microcosmo da luta feminina, ao reunir em seu território três acontecimentos relativos à data.

Primeiro, o Parlamento aprovou um pacote de leis voltado à proteção de mulheres e crianças. A Turquia trava batalha contra práticas como o assassinato de mulheres acusadas de ter manchado a reputação alheia.

A afinidade do país com os valores ocidentais é discutida há anos pela União Europeia, bloco ao qual tenta aderir.

Depois, enquanto celebrava a aprovação dessas leis, o país debatia o assassinato de Diyar Bengitay, 40, morta ontem em Istambul por um membro de sua família.

Ela havia deixado sua casa após discutir com o marido.

Por fim, integrantes do grupo feminista ucraniano Femen tiraram as blusas e fizeram um protesto-topless, manifestando-se contra o abuso de mulheres na Turquia.

"Foi um dia incrível", afirma Lydia Frempong, porta-voz do grupo International Women's Day, criado em 2001 para incentivar a manifestação global a respeito do tema.

Frempong cita protestos globais -vistos desde Londres, em que a organização está baseada, até o Cairo, onde centenas marcharam pedindo que metade da Assembleia Constituinte seja formada por mulheres.

"A situação da mulher depende muito do país. Em locais como Afeganistão e Índia, ela ainda não tem contato com a educação e é oprimida", diz.

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